Hecatombe
Das areias os fungos emergem.
Devoram a carne podre em sofreguidão
E os cabotinos adoecem.
Têm a pele em lepra e devassidão!
Quem julga o sortilégio dos abutres?
De nervos, o pus coagula os infectos,
Da bílis a hemorragia se alimenta.
Um cheiro acre invade feito a peste,
Decompõe a carcaça sem vida.
A beleza oculta da impregnação,
Tão fétida quanto a moléstia.
Ofereço-te uma hóstia de sangue!
E da tua doença pútrida,
Embriago-me ao bel prazer.
Resto e néctar de uma hecatombe,
Agravam os gritos silenciados
Pelas pancadas inertes...