SENTENÇA
Agonia infinda
paralisa rítos cotidianos,
sombra aflora,
devora o pouco que restou.
Diluí-se tropeçando à êsmo
e tatuada na própria escuridão.
Sai do corpo não sei quantas vezes
em nenhuma delas por instrução do além.
Que fez mais,
além de perdoar a tantos
e mergulhada em erros,
dizendo sempre - amém.
Agora,
não precisa mais seguir
figuras clandestinas, sombras
rascunhos , falsos abraços
que durante toda a vida
amarrando/passos.
No tropeço das fugas,
plantou seu próprio cadafalso.
Culpada!
Do livro/ MORDENDO A LÍNGUA