CALA-ME A BOCA
Cala-me a boca
e nem mais palavras dela saem
Secam-me os rios
apagam-se os caminhos
e nem mais lágrimas tenho
e com uma desumana e rude dor
vejo uma estrada
que nem atravessá-la posso,
onde o sabor do meu suor quero mudar
e a brisa é perfume que nem cheira!
Se as palavras nada dizem
e o meu olhar também não,
de que me adianta sentir gostos
se o paladar os contradiz?
Tudo é sem-sal?
Vitoria Moura 6/6/2010