Deixa pra amanhã.
Essa é a última vez que te escrevo, não quero mais falar dos nossos encontros e desencontros e nem me lembrar de você. Se tão bom era o nosso relacionamento que às vezes o comparávamos a uma oração, acho que já chegou a hora do amém.
Parece que até as músicas que você escreveu para mim estão soando estranho; sei lá o que aconteceu com as músicas e com nós dois.
Parece mesmo que não há meio das coisas voltarem a ser como antes, talvez não seja culpa minha, talvez não seja culpa sua, apenas aconteceu...
Acho que cansei que ter meus erros esfregados na minha cara todos os dias como se fossem seus troféus, de cortejar os nossos inúteis acordos de paz e de tentar te entender.
Desculpe esta terminando tudo por meio de carta, acho que não teria coragem de fazê-lo pessoalmente. Só de lembrar o oceano de lágrimas medíocre que brotava dos seus olhos e de suas promessas de que tudo vai ser diferente daqui pra frente todas as vezes que tínhamos uma briguinha boba...
Essa não é a primeira vez que um grande amor de desfaz, alias, nem era tão grande as-sim, concorda?
Ficarão as recordações. Você lembra quando contávamos estrelas e eu todos os dias te dava duas ou mais? Veja o lado positivo, elas voltarão para o céu. Estou brincando!
Vou sentir sua falta e, apesar de não saber bem o que é isso, estou sentindo medo. Dá um vazio de repente, sei lá....
Bom, então fiquemos assim: você tem meu telefone, quando quiser é só ligar, mas não demore, não, porque essa história de terminar namoro dá a maior saudade.