“BONITINHA, MAS ORDINÁRIA”

A poesia são cinco tarados

Na esquina

Olhares de fome

A poesia, um pelotão de soldados

De armas em punho

Mirando em minha testa

Poesia

Maldita festa

A poesia

Lobo de mim

Me assusta

Cobra coral

Portadora do mal

A poesia me rasga a roupa

E me põe louca

Viro a personagem

“bonitinha, mas ordinária”

E me entrego ao estertor

E morro de prazer

E de amor