MARCAS

MARCAS

Passeando suave pelos versos,

Desabrochando no compasso da vida,

Cumprindo etapas e vivendo sonhos,

Por vezes encarando a dura sorte,

Tatuamos n’alma incontáveis marcas,

Que desbotam no decorrer do tempo.

Aprendemos a caminhar no tempo,

Buscando alívio na calma dos versos,

Enfrentando o desconforto das marcas,

Acatando as boas chances da vida,

Apostando quase sempre na sorte,

Sem deixar de acreditar nos sonhos.

Como prosseguir; se tolhem os sonhos?

Se a realidade transcende o tempo?

Se o cotidiano atropela a sorte?

Os insensíveis não ouvem os versos.

Desbotam cada página da vida.

Acentuam as fissuras das marcas.

Há dissabores impressos nas marcas,

Há que se aproximar o real dos sonhos,

Tanto quanto é misteriosa a vida.

As dores profundas ardem no tempo,

Tão impróprias que não cabem nos versos.

Cruéis; Estão na contra mão da sorte.

Temíveis caminhos tortos da sorte.

Que se desvirtuam deixando marcas.

Como aceitar a frieza dos versos?

Quando os fantasmas povoam os sonhos?

A desarmonia zomba do tempo

E as pedras ficam na estrada da vida?

Que se permita pois, luzir a vida

E somar vida, aos lances de sorte.

Espalhem-se flores nas curvas do tempo,

Suavizem-se os temores das marcas,

Desvendem-se o colorido dos sonhos,

Cante-se o canto divino dos versos.

Na força dos versos firma-se a vida.

A crença nos sonhos invade a sorte,

Atenua as marcas e move o tempo.

Mary Fa
Enviado por Mary Fa em 19/05/2010
Código do texto: T2267071