MARCAS
MARCAS
Passeando suave pelos versos,
Desabrochando no compasso da vida,
Cumprindo etapas e vivendo sonhos,
Por vezes encarando a dura sorte,
Tatuamos n’alma incontáveis marcas,
Que desbotam no decorrer do tempo.
Aprendemos a caminhar no tempo,
Buscando alívio na calma dos versos,
Enfrentando o desconforto das marcas,
Acatando as boas chances da vida,
Apostando quase sempre na sorte,
Sem deixar de acreditar nos sonhos.
Como prosseguir; se tolhem os sonhos?
Se a realidade transcende o tempo?
Se o cotidiano atropela a sorte?
Os insensíveis não ouvem os versos.
Desbotam cada página da vida.
Acentuam as fissuras das marcas.
Há dissabores impressos nas marcas,
Há que se aproximar o real dos sonhos,
Tanto quanto é misteriosa a vida.
As dores profundas ardem no tempo,
Tão impróprias que não cabem nos versos.
Cruéis; Estão na contra mão da sorte.
Temíveis caminhos tortos da sorte.
Que se desvirtuam deixando marcas.
Como aceitar a frieza dos versos?
Quando os fantasmas povoam os sonhos?
A desarmonia zomba do tempo
E as pedras ficam na estrada da vida?
Que se permita pois, luzir a vida
E somar vida, aos lances de sorte.
Espalhem-se flores nas curvas do tempo,
Suavizem-se os temores das marcas,
Desvendem-se o colorido dos sonhos,
Cante-se o canto divino dos versos.
Na força dos versos firma-se a vida.
A crença nos sonhos invade a sorte,
Atenua as marcas e move o tempo.