NEM SEI QUE TÍTULO DAR (PALIATIVOS DA ALMA)

Bem sei quem és

Há milênios te conheço

Carne de minha carne separada

Alma da minh’alma apartada

É como se sempre te esperasse

Prevenida estivesse

Faltava apenas chegar

E este castigo miserável de não te ver

De nunca ser possível ser

Ah, devo muito em algum lugar

Fui cruel ou sanguinolenta

Fui árvore estéril

Degolei cavaleiros

Comi as carnes dos homens da caverna

Eu era uma célula venenosa

E agora conto histórias

Que pra mim invento

Assim é mais tolerável

Até aprazível

Pensar na distância

Suportar o sofrimento

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OBSERVAÇÃO: É COM IMENSO PRAZER QUE ACEITO, ACATO SEM A MENOR RESTRIÇÃO E COMPLEMENTO ORGULHOSAMENTE O TÍTULO DESTE POEMA COM A SUGESTÃO DA CARÍSSIMA AMIGA E COLEGA, CELÊDIAN ASSIS. TODOS OS BEIJOS E ABRAÇOS.

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