Acordo na manhã sombria
sem sol com ares gelados
apenas a brisa me abraça
porque muito sabe de mim

Pássaros preguiçosos não vieram
estão quietos em algum lugar
esperando algum raio de sol
para saírem a cantar

Sinto no ar estranho perfume
de um outono quase inverno
o coração fica em conluio
recluso na monotonia

Nesta manhã tão sombria
pareço nem me conhecer
silenciosa lágrima cristalina
teima em meu rosto descer

Olho para o céu um instante
à procura de tudo ou de nada
sinto um esboço de adeus
na brisa que vem tão gelada

Sou assim alma e sentimento
estranha em se fazer revelar
não digo do amor que acalento
no coração sempre a germinar
                
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      A minha poesia não é trova
      não é soneto,nem prosa
      é apenas uma síntese
      de uma segunda feira
      em que temos certa letargia
      em ares de recomeço
      quando em mim a melodia
      deixa mais meditação
      assim em compasso lento
      misturo poesia e canção.
     

17/05/10
Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 17/05/2010
Reeditado em 17/05/2010
Código do texto: T2262040
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