SOPRO

Daqui a pouco eu me recolherei

E novamente sentirei a presença de um anjo

De asas pendidas sobre a fronha

Eu o acalentarei

E o colocarei nos braços

Passarei nas penas

O unguento da poesia

Colocarei em seus olhos perdidos

A luz primeira do dia

Farei uma longa trança de estrofes em seus cabelos

E soprarei em suas narinas

O sopro da viagem de volta