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Do que sou nada sei

surpreendo-me a cada dia

ora sou vento

ora calmaria.

Antítese de mim

Sou outra a qualquer momento

No espelho a novidade:

Não sou eu lá dentro.

Esconde-esconde de alma

Sorriso e choro inibidos

à face revelada

contrapõe-se o desconhecido.

Sofro, não sofro

Alegre sempre triste

Ecos inexplicáveis

Paradoxo que persiste

VALERIA DA SILVA
Enviado por VALERIA DA SILVA em 10/05/2010
Código do texto: T2249196
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