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Do que sou nada sei
surpreendo-me a cada dia
ora sou vento
ora calmaria.
Antítese de mim
Sou outra a qualquer momento
No espelho a novidade:
Não sou eu lá dentro.
Esconde-esconde de alma
Sorriso e choro inibidos
à face revelada
contrapõe-se o desconhecido.
Sofro, não sofro
Alegre sempre triste
Ecos inexplicáveis
Paradoxo que persiste