O DORSO DA PALAVRA
O DORSO DA PALAVRA
O dorso da palavra me compele
a desvendar o mistério da tarde.
Aquele espaço que é de tempo,
de brisa
e ninguém sabe quanto vento ainda trará.
Se o ouro que transborda vem dos olhos
que garimpam emoções
ou dos versos que escondem o segredo das cores.
No poente, invento nuances até não ter mais tons
para rimar.
E nos sons que ora se abrem ora se fecham
colho mágoas e alegrias
até o poema se mostrar.
Basilina Pereira