AMPULHETA
Olhando para quem fica, que olha para quem passa,
recomeço rasgando o passado para aliviar os passos.
Passado que não passa, futuro que não chega.
Fui dormir e o computador ligou sozinho,
mouse e imagens moviam-se na escuridão da sala.
Entrei em silêncio,
nessa noite fui fantasma do fantasma.
Outra noite ele jogou água fria na minha testa,
no peito, impedindo-me de romper seu celibato.
O que acontece comigo acontece a você peregrinação dos ovários.
Há também dejetos mentais a serem analisados,
sou uma pessoa curvada pela cultura, me perdoe a deselegância.
Mamãe meu lado grosseiro expandiu!
Sou macaco, homem das cavernas,
materialista e imbecil!
Acordo, recordo e discordo
continuar meus sonhos descontados da realidade.
PS. Meu cantinho dedicado às poesias e
textos literários de autoria da minha sobrinha
Ariane Batista, estudante universitária de História.