AMPULHETA

Olhando para quem fica, que olha para quem passa,

recomeço rasgando o passado para aliviar os passos.

Passado que não passa, futuro que não chega.

Fui dormir e o computador ligou sozinho,

mouse e imagens moviam-se na escuridão da sala.

Entrei em silêncio,

nessa noite fui fantasma do fantasma.

Outra noite ele jogou água fria na minha testa,

no peito, impedindo-me de romper seu celibato.

O que acontece comigo acontece a você peregrinação dos ovários.

Há também dejetos mentais a serem analisados,

sou uma pessoa curvada pela cultura, me perdoe a deselegância.

Mamãe meu lado grosseiro expandiu!

Sou macaco, homem das cavernas,

materialista e imbecil!

Acordo, recordo e discordo

continuar meus sonhos descontados da realidade.

PS. Meu cantinho dedicado às poesias e

textos literários de autoria da minha sobrinha

Ariane Batista, estudante universitária de História.

Setedados
Enviado por Setedados em 25/04/2010
Reeditado em 04/05/2010
Código do texto: T2218817
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