Canto do Tudo
Canto do Tudo
Tal qual latentes emoções
Violetas lilazes que encantam
Esta janela na noite
Sozinha que vai sem rima
Ficam ali na estufa do carinho.
A tudo antevejo facetas
Estradas de tirar qualquer fôlego
Tristezas de quem se sabe só
Como emas e alcíones a correr
Pelos vales de deus pendentes.
Quem sabe meu "eu" busque
Abrindo a alvorada dúbia
A essência que insistimos
Em explodir nossos quereres
Dormências de odisséias bem.
Meus ombros pesam muito já
No escombro dos entulhos
Dia a dia nossa árdua tarefa
Hoje ainda sãos estamos
Mescla de tempo canto do tudo.
Iára Pacini