Poeminha bobo para curar uma irritação
Bem que eu queria,
Bem que eu queria ser outra coisa hoje.
Qualquer coisa que não fosse eu.
As vezes penso, mas só as vezes,
Que se outra oportunidade eu tivesse
Voltaria como uma pedra, sem sentimentos.
E nada teria pra esquecer ou pra sonhar.
E fico tão injuriada, mas tanto mesmo,
Que as pedras saio a chutar
Como se a culpa delas fosse
por meu sofrer agoniado.
E o que acontece? Pois sim o que acontece
Elas conseguem se vingar.
E a dor que eu tinha, sendo de alma,
Acaba pairando em meus pés,
E doem tanto, os pés feridos,
Que acabo tendo que chorar.
E quando choro, coisa engraçada,
A dor dos pés não desaparece
Mas a da alma arrefece.
E eu volto alegre a caminhar
Mesmo sem sair do lugar.
21/04/2010
(Em Poemas da maturidade/6)
Bem que eu queria,
Bem que eu queria ser outra coisa hoje.
Qualquer coisa que não fosse eu.
As vezes penso, mas só as vezes,
Que se outra oportunidade eu tivesse
Voltaria como uma pedra, sem sentimentos.
E nada teria pra esquecer ou pra sonhar.
E fico tão injuriada, mas tanto mesmo,
Que as pedras saio a chutar
Como se a culpa delas fosse
por meu sofrer agoniado.
E o que acontece? Pois sim o que acontece
Elas conseguem se vingar.
E a dor que eu tinha, sendo de alma,
Acaba pairando em meus pés,
E doem tanto, os pés feridos,
Que acabo tendo que chorar.
E quando choro, coisa engraçada,
A dor dos pés não desaparece
Mas a da alma arrefece.
E eu volto alegre a caminhar
Mesmo sem sair do lugar.
21/04/2010
(Em Poemas da maturidade/6)