OS MESCLARES NO PORTUGUÊS
OS MESCLARES NO PORTUGUÊS
MOR
Da língua a sensatez
Numa bela salada.
Com o nosso português
Mas já bem comportada.
De tudo já tem um pouco
Nosso belo português.
Vive no mundo do louco
Nem respeita a sua vez.
Da riqueza desta língua
Logo vieram os recheios.
Da bela língua tupi-guarani
Da selva lá dos seus seios.
Araponga canta a arara
Capivara namora o jacaré.
A pular naquela vara
No belo lúdico igarapé.
Num belo entendimento
Saracura o sabiá secar.
Com todo o sentimento
Escutando o seu belo piar.
Seria de outra língua a nobreza
Do holandês a escuna.
Logo com tanta e mais bela certeza
Veio logo aquela bruma.
Numa grande certeza
Do francês veio o chofer.
No volante uma beleza
Logo dirige como quer.
Do alemão a galhardia
Veio o dito vermute.
A bebida de cada dia
E a lei deu-lhe um chute.
Do russo que foi resoluto
Sua marca logo deixar.
Logo com o dito escorbuto
Uma vodca para tomar.
O polonês teve sua vez
Deixando a mazurca velha.
No salão a tirada da vez
A polca que nela se espelha.
O turco com o seu truque
Tudo oferece baratinho.
Logo naquela esquina
Vende logo a sandália.
São José/SC, 24 de abril de 2010.
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