"NA IMENSA IMENSIDÃO DO NADA..."

Na imensa imensidão do Nada,

minha alma esvoaça

e brinca de esconde-esconde…

Por vezes, por mim perpassa,

mas logo me deixa desanimada

escondendo-se não sei onde…

Na imensa imensidão do Nada

é onde estou e me sinto

sem desejo, sem amor, sem sonho…

É aí que me ressinto

do vazio de minh’alma emanada,

vazio que sofro mas não exponho…

Na imensa imensidão do Nada

que se me embrenha em cada poro,

chego a julgar-me acompanhada

e já não me defendo…nem choro!

Na imensa imensidão do Nada

deste mar vazio em que me afogo,

desta fogueira tão viva e ateada,

onde me queimo sem que haja fogo,

estou sou eu e minh’alma fugidia

que de mim se aparta em cada dia!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 20/08/2006
Código do texto: T221155