"NA IMENSA IMENSIDÃO DO NADA..."
Na imensa imensidão do Nada,
minha alma esvoaça
e brinca de esconde-esconde…
Por vezes, por mim perpassa,
mas logo me deixa desanimada
escondendo-se não sei onde…
Na imensa imensidão do Nada
é onde estou e me sinto
sem desejo, sem amor, sem sonho…
É aí que me ressinto
do vazio de minh’alma emanada,
vazio que sofro mas não exponho…
Na imensa imensidão do Nada
que se me embrenha em cada poro,
chego a julgar-me acompanhada
e já não me defendo…nem choro!
Na imensa imensidão do Nada
deste mar vazio em que me afogo,
desta fogueira tão viva e ateada,
onde me queimo sem que haja fogo,
estou sou eu e minh’alma fugidia
que de mim se aparta em cada dia!...