Mãos
Mãos
Mãos que procuram mãos
Mãos úmidas e vacilantes
Procuram mãos seguras
E as encontram mais adiante.
Num doce enlevo
Sob a tênue luz da lua minguante
As mãos se encontram
Quando passos leves se aproximam.
Na esquina quase deserta
A luz turva do motor a óleo
Deixa sombra na parede
Do velho casarão colonial.
E as mãos se soltam bruscamente
Interrompendo um fugaz encontro
Naquela noite de encanto e sombra
Onde queriam ser felizes somente.