Sobre as Pequenas Grandes Exigências
Por fora eles são crianças
Por dentro continuam crianças
As vezes eles me quebram
Em outras permito-me ser quebrada
Entre gritos e sorrisos ingênuos
O mundo gira num ritmo lento
E é preciso saber decifrar esse mundo
Vendo a vida num arco azul e rosa
Novo dia começa com alguma variação
Eles continuam hoje ainda meninos
Ouvindo que tudo que fazem é errado
E os desenhos nas nuvens desaparecem
Não respeitamos a sua natureza
Então agora eles são polícia e bandido
Não tem mais amarelinha riscada no chão
Usam as mãos como armas de fogo
E assim ,somos todos quebrados ,afinal,
Nascemos ,nos educamos e matamos
Nesse processo estranho de humanização
Não sei ,de verdade ,a quem cabe a culpa.