Predadores da Liberdade
Um debater agonizante em busca dela..., a tão sonhada liberdade. Não como se a mesma fosse apenas o lampejo de um sonho, mas a busca incessante de uma realidade.
Como descrever toda esta luta? Talvez usando meios comparativos. Uma crisálida que ao romper o seu casulo, deixa para trás uma vida encarcerada; veste-se com cores variadas, adquire asas e num último olhar abandona o antigo lar... Enfim uma borboleta!
Inexperiente, precipita-se descuidada ao encontro de seu novo habitat...
- ah! Aqui fora tudo e tão lindo... Flores, água, pedras! Por que não o descobri há mais tempo?
Travessa e brincalhona, pousa de flor em flor.
-que sensação inebriante voar contra o vento morno de verão, sentir respingos d’água da cascata, ouvir a doce melodia dos pássaros...
O tempo vai passando e, a cada dia novas descobertas e conquistas vão fazendo parte de sua historia, mas, ainda têm muito a explorar e, assim vai invadindo novos espaços.
-ah! Como e lindo aquele arco no céu! Aquelas cores todas! Eu as tenho! Mas, como terá acontecido?
Um vacilar... E, lá esta ela novamente aprisionada. Não sabia que os predadores a espreitavam. Não voltará ao seu casulo.
-para estarão levando-me?
Uma lança fria transpassa-lhe o corpo. Um simples alfinete a aprisiona a um papel e, agonizante, ela entende tarde demais que: LIBERDADE,NÃO BASTA CONQUISTA-LA, TEM QUE SE SABER DRIBLAR OS PREDADORES.
STÉLA LÚCIA