Rabiscos

Como bijuteria em fina matéria esculpida,

Tracejando imagens irredutíveis e cabíveis;

Ideais forjados como relógios em oposto com o tempo,

Fazendo do tic tac o vil passear de horas a fio;

Diante de pálpebras serenando me revejo em meus contornos

Em traços nobres, detalhes que enfraquecem as vistas de alguns

E tantos, e todos como insanos e astutos;

Tinteiro brincando de fazer borrões

Chamam-nos de arte e os fazem parecer arte e em versos;

Uns dizem-lhe de rabiscos

Outros de devaneios;

Do que se tratar a vida, lá vou buscar contrastes;

De tanto sonhar em explicar os fatos

Acabei perecendo de algumas tantas e boas extravagâncias da vida

De agora pra frente vou fazer borrões de vida com cheiro de saudade!

Patti Garcia
Enviado por Patti Garcia em 31/03/2010
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