Tolerância
Jogo minha tolerância num velho poço,
De águas profundas, um poço escuro.
Já gastei meus gritos, meus protestos,
Minha boca ferida sangrou.
E minha tolerância vou esquecer, retirar da memória,
Vou deixá-la reclamar, perturbar, chorar,
Dentro do poço, vai ficar escondida na escuridão,
Meus gritos vazios vão ser ecos silenciosos.
E a marcha dos meus pés gastos caminhará,
Nas areias do tempo sem tolerância,
No meu protesto, minha bandeira balança,
Balança no vento do oriente.
(Rod.Arcadia)