Tolerância

Jogo minha tolerância num velho poço,

De águas profundas, um poço escuro.

Já gastei meus gritos, meus protestos,

Minha boca ferida sangrou.

E minha tolerância vou esquecer, retirar da memória,

Vou deixá-la reclamar, perturbar, chorar,

Dentro do poço, vai ficar escondida na escuridão,

Meus gritos vazios vão ser ecos silenciosos.

E a marcha dos meus pés gastos caminhará,

Nas areias do tempo sem tolerância,

No meu protesto, minha bandeira balança,

Balança no vento do oriente.

(Rod.Arcadia)

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 24/03/2010
Reeditado em 30/03/2014
Código do texto: T2156650
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