"ABRO A VIRAÇA"...
Triste, entediada,
fecho a vidraça…
Algo em mim perpassa,
o que é, não sei,
ainda não alcancei!
Apatia ou tédio?
Os dois…
numa união sem remédio,
sem antes nem depois!
Meu corpo vazio,
surdo,
mudo,
ardendo de frio…
Incompreensível?
Não. Tudo é possível
quando o Ser se fecha,
e o corpo não se queixa!
Sonho…
Uma visão componho…
Alma e coração
bem entrelaçados,
como corpos abraçados
num êxtase de emoção…
Algo por mim perpassa.
Sinto o tédio e a apatia
girando numa valsa…
Agora, menos entediada,
volto… e abro a vidraça!