A EXISTÊNCIA E O MITO
A EXISTÊNCIA E O MITO
Por sombras e nuvens
Despontando irradiante
Pelo céu do horizonte
Febo ao mundo vem dar
E um raio oportuno
Pelas folhas atravessa
Rompendo a escuridão
Revela-se a floresta.
Em meio à penumbra
Um ser a outro vem falar
Coisas que se a selva ouvisse
Faria de cor mudar.
--amigo:
Afora neste mundo
Há quem chama-o lenda
Vós que já viveste tanto
Talvez, melhor entenda!
Há quem o diga falso
Por não acreditar
Mas, se bem vejo agora.
Aonde pisa, faz o chão mudar.
A quem sabe mais
Cabe a mim explicar
Se não há motivo
Como pode aqui estar?
(...)
Vós, que para trás têm os pés.
Sabe o lado que vai
Tem por certo o caminho
No abismo não cai.
És um nobre ser
Conheço tua importância
Deve entender do abismo que falo
Pois, digo assim da ignorância.
Se o falar dos outros
Tanto o surpreende
Então ouça isto
Digo-lhe para que pense!
Como pode alguém ter
Certeza do que não entende?
Logo adiante, além desses montes
Onde a mata cessa
Verás uma pequena casa
E por vezes, uma conversa.
Só aos fins de semana
Ele tem com as crianças
E a pedido delas
Conta do saci e a floresta.
Vivo a cada domingo
Não temo o porvir
Enquanto viver este homem
Que, sabe meu mundo sentir
Serei mais que um mito
E o Seu João Fazendeiro
A minha razão de existir.