A EXISTÊNCIA E O MITO

A EXISTÊNCIA E O MITO

Por sombras e nuvens

Despontando irradiante

Pelo céu do horizonte

Febo ao mundo vem dar

E um raio oportuno

Pelas folhas atravessa

Rompendo a escuridão

Revela-se a floresta.

Em meio à penumbra

Um ser a outro vem falar

Coisas que se a selva ouvisse

Faria de cor mudar.

--amigo:

Afora neste mundo

Há quem chama-o lenda

Vós que já viveste tanto

Talvez, melhor entenda!

Há quem o diga falso

Por não acreditar

Mas, se bem vejo agora.

Aonde pisa, faz o chão mudar.

A quem sabe mais

Cabe a mim explicar

Se não há motivo

Como pode aqui estar?

(...)

Vós, que para trás têm os pés.

Sabe o lado que vai

Tem por certo o caminho

No abismo não cai.

És um nobre ser

Conheço tua importância

Deve entender do abismo que falo

Pois, digo assim da ignorância.

Se o falar dos outros

Tanto o surpreende

Então ouça isto

Digo-lhe para que pense!

Como pode alguém ter

Certeza do que não entende?

Logo adiante, além desses montes

Onde a mata cessa

Verás uma pequena casa

E por vezes, uma conversa.

Só aos fins de semana

Ele tem com as crianças

E a pedido delas

Conta do saci e a floresta.

Vivo a cada domingo

Não temo o porvir

Enquanto viver este homem

Que, sabe meu mundo sentir

Serei mais que um mito

E o Seu João Fazendeiro

A minha razão de existir.

lançarott
Enviado por lançarott em 11/08/2006
Reeditado em 29/03/2012
Código do texto: T213796