Ego-Centrismo

Rap anui no meu umbigo

Que não divido contigo

Meu oásis esquecido.

Sou o centro do universo

Sou a frente e sou o verso

Do poema não escrito.

Vivo somente por mim

Numa estrada sem fim

Que nunca teve seu começo.

E esses são os meus dias

Que percorro sem alegrias

Para pagar o preço

Do desprezo ao semelhante.

Estou só no abandono

As vezes perdendo o sono

No consolo do espelho.

Não preciso de ninguém.

Sua dor, a mim não importa

Quero mais que se abram as portas

Do meu eterno paraíso

Onde posso perder o juízo

Do juiz que me condena

Ao meu ego sem o ISMO.