NOS TEMPOS DOS TROPEIROS

NOS TEMPOS DOS TROPEIROS

MOR

Naquele tempo antigo

Estradas eram carreiros.

É tudo que logo digo

Percorridos por muares.

E todos eles partiam do planalto

Era o planalto lajeano.

Era tropa carregada de charque

O produto daquela terra.

Era a bela tropa que logo seguia

Aquela mula madrinha.

Com o sincero e o menino guia

Numa fila indiana.

Sesteada para o almoço

Na chocolateira o café.

Revirado de paçoca

Era homem de muita fé.

Quando chegava a noite

Num ponto que tinha água e mangueira.

Ali armava a barraca

Para aquecer a noite acendia a fogueira.

Logo naquele braseiro

Um naco de carne já assava.

Era comida de tropeiro

Logo um causo já contava.

No amanhecer do dia

Era café com paçoca

E logo a viagem seguia

Tocando a sua tropa

Desciam para o litoral

A vender o seu produto.

De lá trazia farinha e sal

E o açúcar mascavo.

De lá para estância retornava

Realizou todo o projeto.

Lá a família já o esperava

No retorno o mesmo trajeto.

São José/SC, 4 de março de 2010.

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Asor
Enviado por Asor em 04/03/2010
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