VIAJANDO...

Atirar nas costas, o saco

das lembranças ficadas,

Palmilhadas,

nos caminhos do passado.

Correr na escuridão do infinito

acrescida por um céu cinza, nublado

que ameaça cobrir o coração,

em partículas de recordações.

Com a face erguida receber,

o encharcado tristonho

deixado no entardecer

com ventos, fruto de recordações,

borboleteando no seu sonhar.

Confundir suas lágrimas

com o pranto que do céu cai,

dançar descalço

parecendo um adoidado,

falar contra o momento

com o coração sacudido

pelos batimentos da vida,

arrebentado em mil partículas,

de recordações revividas...

Vitoria Moura 16/9/2009