A QUINTA TROMBETA
"E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como a fumaça de uma grande fornalha e, com ela escureceu-se o sol e o ar." Ap. 9;2
A estrela já caiu do céu e abriu um abismo na Terra
Onde os homens engatinham até nele cair
Rasgam-se uns aos outros e pensam que ali se encerra
O mundo real que está a se esvair
Eis o Apocalipse a se cumprir
Com a fumaça que a todos cega
Chegou às entranhas e fez o amor sumir
No ser de quem a verdade nega
O ar é negro e já enxergamos os gafanhotos
Que se engrandecem por fora mas por dentro são ocos
Vieram atormentar aqueles que tanto atormentam os dias
Mas agora com outros atormentadores, se lhes fosse dada outra chance atormentarias?
Vieram para que fizessem dano aos homens com todo o poder
Mas somente aqueles que não tivessem o sinal na testa
Os homens por sua vez buscariam com fúria morrer
Mas a morte deles fugiria e não encontrariam essa besta
Os gafanhotos pareciam cavalos aparelhados pra guerra
Com corôas de ouro e rosto de homem
Cabelos de mulher e dentes de leão estariam na Terra
Couraças de ferro e cauda de escorpião assombrariam aqueles que hoje a piedade consomem
O anjo do abismo em hebraico Abadom ou em grego Apoliom
Estaria sobre as feras
Ainda na quinta trombeta bradaria com o mesmo tom
Que para a besta realmente surgir viriam ainda dois ais
Esse simbolismo apocalíptico já está acontecendo
As feras tem a maldade dos homens que ainda estão sobrevivendo
Num mundo onde ninguém se importa com quem está morrendo
E pouco se faz por aqueles que estão sofrendo
As corôas são as riquezas
Que ofuscam e não dão valor à quem internamente possui as belezas
Que realmente importam mesmo em meio às fraquezas
Porque ultimamente de nada valem os corações cheios de purezas
A geração atual é como uma bolha
Que é inchada e grande, porém, por dentro só tem ar
E nesse momento de hermenêutica que não importa a liberdade de quem minha fala tolha
Irei gritar que essa geração podre e mesquinha está a definhar
Geração de mimados que não sabem agradecer
A bondade de Deus que está a nos manter
Não pertenço ao tempo que vivo e estou a dizer:
Que diante da frieza já é hora de agir e não de adormecer!
(Inspirada na pregação do Pr. Samuel Torralbo, do dia 27 de fevereiro de 2010)