Balaio...


Às costuras de um texto, lanço as agulhadas dos dedos... Mornos... Perplexos e ágeis.
Balaio de gatos... De tramas... Tecidas, ao vento.
A moça que não tem balaio... Deixa, costurados, em alfalto, os sonhos...
Balaiei, em neocanto, mais algumas fitas...
Deslizam, pelo colo, as mãos que costuram os dias...
Tramar o cesto... Sexto-sentido... Renda... Bilro.
Tecer... Tecer... Tecer... Balaio, meu bem... Bem!
Envelopar as formas... Colocar um pé em frente ao outro...
Enfrente!... Vamos dançar?
Eu, que quis ser balaio, sou ninho... Nós, numa noz... Que linhas tortas!
"Moça que não tem balaio, Sinhá, deixa a costura no chão..." .


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