Tempos...



Tempos de vulcões e de falcões...
Enormes pesadelos, e paralelo a eles, pesos dominantes
Criadas as regras de entregas profundas,
Soldado de porte forte, esquema confuso
Olhar de vidro, coração de papelão
E o desejo da pele cravado na palma da mão

Tempos de impressionismos, imprecisos...
Palácios moldados a vigor das areias, bem figurados
Porém se soprados...
Melhor escondê-los. Não tê-los
Ilusão escondido num canto do coração!

Tempos de caças, rapinas à deriva, à vista...
Sem rumo, sem rima, sem direção certa
Qual a intenção?!
Te digo então

Tempos de refugos e regalos...
Sob a mira das janelas, armadilhas
...Uma rosa amarela, sedução
Mais tarde, lágrimas de aflição

Chacotas de bordeis
Exuberantes, apostam seus anéis...

...Em tempos de algazarras
Nas farras de meia volta
No beijo da meia noite
No olhar de um meio homem...
Uma virgem desfeita às marras
A inocência de uma quase mulher

E na jangadas disfarçada de navio
E na garganta da gaivota sem desvio
Ouçam os gritos, que jamais voltam...