*AS QUATRO ESTAÇÕES

O sol ardente queima a terra
Carrega no mormaço agonia
Lava o corpo o suor disserta
A lavra derretida que oferta
Verão, no suor vaga alergia

A chuva derrama sua sina
Grossa lágrima em desenho
Banha a cidade, e fascina
Uma gotícula que anima
Tapete espesso quase cenho

Que no brotar vê-se o milagre
Entre beleza perfume, eu rio
Em cada botão doce e agre
Parece mágica hora sagre
Primavera néctar desafio

Na saliva do fruto adocicado
Fala a primavera desprovida
Oferta, vegetação, pão doado
No mais sublime do achado
Fala a natureza canto e brado
                                  sonianogueira
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 24/02/2010
Reeditado em 24/02/2010
Código do texto: T2105382
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