*DESCULPE AMOR

Não te conheço uma vírgula
Nas entrelinhas o disfarce
Nem o lugar onde habitas
Na verdade é só encarte

Amar primeiro, no escuro?
Ou conhecer teus contrastes!
Nas ações tudo desastre

Nas palavras vêm amores
Os passos tortos vulgares
O tempo rir dos horrores

Se quiseres a lua alcança
Venhas-me com estandarte
Escrito sem um descarte

Coberto com gibão grosso
A mente retalha os traços
Não vi teu riso, vi braços

Sedentos feitos mormaços
Em cada letra uma utopia
Na carta a letra esvazia

Ninguém conhece ninguém
Na faixa que o tempo rotula
Não te conheço uma vírgula
                          sonianogueira

Mote da poesia "On-line"
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 20/02/2010
Código do texto: T2097834
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