FATALIDADE
FATALIDADE
Na luz da tarde eu espelho o meu poema.
Quero protegê-lo das rajadas de tristeza
esquecer as perdas
e só tecer versos alegres.
Então me lembro do ciclo da bananeira:
uma vez bordado em frutos é pleno ocaso,
e ninguém se lembra,
ao saborear seu doce fruto,
de que uma vida se fez mel
em pencas douradas de adeus.
Basilina Pereira