Des_entendimento
Há dias que a vida brinca
de pega-pega
amar_e_linha
então saltamos entre Céu e Terra
com ares de pipas, festivais
barcos de jornal, aventura
de seda papel, quimeras em dobradura.
Há dias que a vida tá no poço
e quem for esperto encontre
o tesouro pra não levar bolo.
Dias de rotina gris e pensamentos vis.
Há dias que a lágrima seca e olho gruda
nas teias arranhando sentimentos
outros mormaços alagam nascentes de correr riachos.
Há dias que a natureza é festa e tua boca mel
onde colibri bate asas de anjo caído.
Dias de festa... dias de dor
de flor, de lis, de giz
de traços em preto e branco
e telas sem o dom do artista.
Dias de partidas e chegadas,
estações e rodovias
aéreos portos
sem trem ou pouso.
Há dias de cantatas e fados
De apreciar os clássicos
outros de rap_dura até a sobremesa farta.
Sei lá... de entender, prefiro
ultrapassar momentos
quero viver todos os dias
como se fossem únicos.