O BEIJO

UM BEIJO

O andar que sacode a anca

o que dói não é

a pobre velha

que põe-me as mãos nos ombros...

Não sei quem sou

se dor ou do riso da flor.

Tenho vários Sentimentos

que meus olhos entristecem.

Ao tomar a ilha depois de um Intenso bombardeio

Vago no azul amplo do mar

e solto livre ao vento

E a dor de meus sonhos

Se Poe a desabrochar.

Não sou exemplo para ninguém

e em o quereria ser,

Pois bebo vinho barato

na ânsia de por um fogo

que me faça avivar.

Minha filosofia é ser vagabundo.

Crucifico meus diase desprendo.

Saio satisfeito de tudo

do profano ao lúdico, do cósmico ao egocidio.

Minha escuridão da voltas

E três mundos vagueiam dentro de mim em atitude glacial.

Encontro comigo alguns caras perdidos,

Alguns deles dizem;

--Enforque-o, pois ele é bom;

Simples hiperbóreos a beijarem

a poeira de Pariticida.

Em Ruanda conheci Beatriz

Que por um triz não me fisgou,

Morava em casa abandonada

E carregava uma cruz no peito

Que me furou a carne

Quando a abracei desejoso das suas.

Tinha a ilusão como o cometa

e a de pegar a ultima estrela da manhã

e ao saltar balões que viviam na estação do amor,

mas era apena Beatriz aurora sertaneja

nas savanas de Ruanda.

No caminho das opalas

Cirandei com cometas

Fiz declarações de amor

E dedicatórias a quem conheci.

Na grande encruzilhada

Via a esfinge em êxtase pensei;

--Deus, veja a freira em fuga.

Na historia de amor a inconstância

Seria inédita e inversa

Nos jardins suspensos

Do inferno interior de um coração

a nevar no convés dos primeiros verso.