A FALA NÃO DECLARA
Vem ser feliz no meu torto poema
Este rio que escorre do meu rosto
É o ponto principal da minha dúvida
Alguém que chora por teus versos
Lendo triste, em pranteada agonia
Mostrando-se lírio caído e inverso
Santa, fico no templo do meu coração
Pois palavras nada mais são que elas,
Simples, uma tela pintada de ilusão
Não resisto a carinhos, mesmo escritos
Insana de amor por ti viro paixão
Ouça ao longe o eco dos meus gritos!
As palavras que não saem da garganta,
Que a tudo assiste e depressa cala...
Quando a alma comovida cresce
São palavras de sentimentos envolventes
Mas que a fala não declara por inteiro
O que confunde nossos rumos claramente
Vitoria Moura 2/01/2010