AMOR DO ADVIR
Penetro em águas mansas
Deixo atrás as chamas fim
De meus sonhos lanças
Soltas no mundo embora
Levo meu próprio compasso
Longo triste em aflito
Meu lamento paira no espaço
Dormita entre nuvens alhures
Sei da noite negra em betumes
Obscurece a insensata verdade
Aprisionada em elos sem lumes
De vento em vento sem tempo
Pelo caminho vou tomado
Em ruas pedras frios
Das palavras já silenciado
Pelas cicatrizes de aqui lá
A meu lado mora a felicidade
Nela me aprumo me arrumo
Vasculho razões minha idade
De coração aberto desde
Tento chegar mostrar a mim
Essa luz liberdades talvez
Paz cálida de nosso sim
Ternuras de amor do advir.