OLHOS QUE SANGRAM!
 
 
 

Minam pedaços perdidos no alforje do peito...

gotejam sem cessar numa ânsia desprovida e

sem nexo!

Semeiam gotas de saudades entre os cantos que buscam se esconder numa reprovável estratégia... acabam inundando o rosto que maldiz, para os seus olhos,

que eu existo!...

mas canto sem entonação, pois tudo conspira para o silêncio!

Olhos que observam o aceno que tange minha desdita... talvez porque o único substrato desta noite é a lembrança que valsa com a minha pena revelando tantas penas que não voam para longe de mim!

     

©Balsa Melo
26.12.09
Uberaba - MG
Brasil

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 27/12/2009
Código do texto: T1997327
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