OLHOS QUE SANGRAM!
Minam pedaços perdidos no alforje do peito...
gotejam sem cessar numa ânsia desprovida e
sem nexo!
Semeiam gotas de saudades entre os cantos que buscam se esconder numa reprovável estratégia... acabam inundando o rosto que maldiz, para os seus olhos,
que eu existo!...
mas canto sem entonação, pois tudo conspira para o silêncio!
Olhos que observam o aceno que tange minha desdita... talvez porque o único substrato desta noite é a lembrança que valsa com a minha pena revelando tantas penas que não voam para longe de mim!
©Balsa Melo
26.12.09
Uberaba - MG
Brasil