Há um homem na noite,
mas para a noite um homem
não é nada.
 
Na noite, um homem tem apenas
seus fantasmas, sua poesia,
sua pequena morte de madrugada,
seus olhos velados pelo céu sem luar.
 
Na imensidão escura, o homem se
embriaga de mistérios, caminha em
desatino, errático,  tanto lobo
quanto menino.
 
Há um homem na noite,
mas há, também,
uma noite neste homem.