TÉDIO

TÉDIO

Tudo que cabe em mim, é o tédio.

Tédio das coisas costumeiras,

Tédio de teu cinismo brando e sagaz,

Tédio dessas máquinas que nos tornamos,

Nessa fila de sobrevivências dia-a-dia.

Tédio de salgadinho que nunca saem

Das mãos desses hipócritas,

E dessa gente fincada no vazio.

Tédio, dos corpos que me comem

E não saciam minha fome.

Tédio desse amor vadio que tenho

Pro tudo que explicito.

Tédio...

Tédio...

Tudo está se transformando em tédio.

Bem dita à poesia...

Que é o fim de todo tédio.

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 14/12/2009
Código do texto: T1978101
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