TÉDIO
TÉDIO
Tudo que cabe em mim, é o tédio.
Tédio das coisas costumeiras,
Tédio de teu cinismo brando e sagaz,
Tédio dessas máquinas que nos tornamos,
Nessa fila de sobrevivências dia-a-dia.
Tédio de salgadinho que nunca saem
Das mãos desses hipócritas,
E dessa gente fincada no vazio.
Tédio, dos corpos que me comem
E não saciam minha fome.
Tédio desse amor vadio que tenho
Pro tudo que explicito.
Tédio...
Tédio...
Tudo está se transformando em tédio.
Bem dita à poesia...
Que é o fim de todo tédio.