AINDA EXISTE O AMANHÃ

Não! Já não tens o mesmo sorriso de outrora

Sufocaste o teu viver em agonizante tortura

Escondeste o teu brilho, perdeste a doçura

E o amor, aquele que te salvara, mandaste embora...

Nada esperas do futuro, perdeste a esperança!

O passado? Fora sufocado pelos escombros da dor...

O teu presente fenece pouco a pouco, nada alcança!

O verbo é conjugado, mas perdeu a essência, puro torpor...

A felicidade, desejo fugaz, parece tão distante...

Uma brisa inerte, chama que incendeia

Nas amarras da dor e se desfaz num instante

Quisera, ainda, escutar o canto do amor que encandeia...

Vês ao longe? Ainda existe o amanhã!

Luzes multicoloridas reverberam cintilantes...

Vislumbrar o teu antigo sorriso... Vivo nesse afã

Nossos momentos felizes... Raros diamantes!