Ensaio

E a cabeça no chão

e as pedras

e os olhos, a mão

ainda acenava para

o

fim das coisas;

Pobre mente inválida

e uma saída

sem nexo, sandália

deixada

ao

delírio das pegadas...

E os olhos arregalados

presos

num vácuo de espaços

do impróprio

ao

eterno das reticências;

Falta a lucidez

de se ouvir

um silêncio de tez

alva sem

vistas

nua ao acaso...

E a cabeça no chão

presa

na raiz da vastidão

e sem

ínfima

ilusão de não ser;

Pobre torpe da hora

devassa

lágrima vai embora

deixa faltar

o

lúdico de se sentir.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 12/12/2009
Código do texto: T1973766
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