Ensaio
E a cabeça no chão
e as pedras
e os olhos, a mão
ainda acenava para
o
fim das coisas;
Pobre mente inválida
e uma saída
sem nexo, sandália
deixada
ao
delírio das pegadas...
E os olhos arregalados
presos
num vácuo de espaços
do impróprio
ao
eterno das reticências;
Falta a lucidez
de se ouvir
um silêncio de tez
alva sem
vistas
nua ao acaso...
E a cabeça no chão
presa
na raiz da vastidão
e sem
ínfima
ilusão de não ser;
Pobre torpe da hora
devassa
lágrima vai embora
deixa faltar
o
lúdico de se sentir.