Miserável interesse...

Aqui nesse cafundó...

Vivemos uma miséria de dar dó.

Pois nos alimentamos do pó

Do ócio incrustado em nossos ossos.

E na mente a semente da preguiça

Inerte laço sem dar nó.

Sempre preso aos olhos vossos...

Na coleira que impede o movimento

Por estar atada ao pensamento

Invisíveis grilhões de um pecado capital.

Miserável ociosidade de quem nada quer.

Que grande besteira essa tal de evolução!

Nossos dias estão contados...

Não passamos de condenados...

Da nossa própria condição.

Estamos nesse fim de mundo

E o mundo está chegando ao fim.

Somos miseráveis condicionados

Ao degrado da alma em extinção.

Mas se tivermos um interesse na intenção

Quem sabe possamos fazer uma revolução?