Arcádia

“Et in Arcádia ego.”

Ardia no peito o poema

Nobres românticos desfalecidos

Gemendo no chão da discórdia.

Ardia no peito o fracasso

Nobres senhoras desfalecidas

Nos subúrbios das casas de concórdia.

“E no paraíso estou.” Dizia o pastor.

E na Arcádia dos radiantes poetas

Espectros de musas a desfilar.

Gemem como sirenes preocupadas

Dançam nos holofotes dos esquecidos

Gelam os corpos dos boêmios.

“E neste paraíso estou.” Disse o poeta.

Na Arcádia dos necessitados por poesia

Na alcova dos beberrões.

Ardia no peito a utopia

Que infinidade esperança

Tão longe, distante, perdida.

Emaranhado de utopia

Gente perdida e sonhadora

Poetas nos salões da Arcádia.

“E no paraíso estou.” Dizia o pastor.

( Rod.Arcadia)

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 11/12/2009
Código do texto: T1972839
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