Novena

7

Meus anseios misturam-se

Nesse espiral que rodopia

Como uma roda de moinho.

Preciso do vento para mover

Meus braços, o moinho

Solitário na terra silenciosa.

A saudade que machucou

Ferida que não cicatriza,

Berra a dor condenada.

Ah... Meus anseios que misturam

Com esse moinho vagaroso

Vento que não traz sossego.

Paz de espírito afugentado,

Foge para encontrar

Uma alma colorida.

Ah... Esses anseios, suspiro

Cansado na noite

Não traz o vento.

Solitário o moinho

Cria imagens psicodélicas

Brilhando luzes fosforescentes.

Captura damas de luzes,

Sereias angelicais correndo

Nuas nos pastos primaveris.

O canto das marés

Afoga o moinho de prazeres,

Sereias amantes dançam

Rituais de acasalamento.

E o moinho gira

No acasalamento

Desfazem as damas em luzes

Penetrando o moinho que gira

No anti-horário assobiando

Felicidade que sempre quis.

Noite fria primaveril

Anseios que sepultam

Calam esse homem solitário.

( Rod.Arcadia)

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 08/12/2009
Código do texto: T1967548
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