UMA GRÃO DE AREIA NECESSÁRIO
Não sei a que horas !
Era o silêncio do cosmo..
Todos aguardavam-me abrindo os braços,
todas as criaturas, astros,
planetas e seus brilhos,
seus verdes e seus azuis.
Nasciam do som do vento,
das safirinas quietudes,
do profundo das águas
às grandezas sem fim
dos sóis e das galáxias,
o inimaginável crescendo
harmônico de vozes infinitas,
os milhares de milhões incontáveis
das imensidões celestes
cantando...
cantando...
e um espaço vazio
à espera de minha voz sumida,
necessária
à sintonia universal.