COISAS DO AMOR!
Carinho!...
Carinhos!...
Formas e apresentações de variadas nuances nascem frente aos olhos, mas existem várias formas de carinho, e uma delas é a expressão do companheirismo!
As entregas – que ocupam matizes inimagináveis – são mais absolutas do que outros tantos jeitos de carinho supostos bons, mas que podem azedar no experimento!
Ninguém pode presumir ser o centro do desejo, do amor ou da alegria nos momentos raros de cumplicidade encontrada!
Hoje, talvez, eu sofra de uma resistência muito estranha acerca da conceituação da conjugação amar, pois entendo, na minha louca mania de amar, que o amor não traz sofrimento!...
Quem ama ama por amar e nada mais!... sem esperas, sem desejos inerentes ao fogo da carne ou coisas desta ordem, então, no contexto dessa minha ignorante sapiência... percebo que não almejo esse tipo de amor visto no comum para sofrer em face de algo ou de alguém!... por isso, amo!... sobretudo a graça de estar vivendo e, saber-me vivo, de olhos abertos por mais uma dádiva de dia nascido no bocejo do mundo!
Penso e isto é o que importa!
Gosto de você minha adorável companheira de momentos significantes nesta história e, creia, cultivar isso é motivo de muito júbilo para o meu coração e minha alma!... falo dessas sutilezas que as pessoas não entendem e misturam no corre-corre da vida.
Sinto o seu silencio gritar aqui no meu coração.
Devo preferir o muito ou o pouco?
Indefinidas respostas e, talvez, inconsistentes perquirições.
As novidades, todas, são velhos retratos de uma vida corrida sem sobra de tempo!
Vamos colorir novas estampas para que o céu esteja do jeito que a gente sonha e, quem sabe, nas colorações que os pinceis irão poder tingir surja o riso e a esperança para que o sinal da vida não alimente o ócio e, tampouco, prime pela impossibilidade do erro!
O erro!... oh! temível ocorrência para os indivíduos insanos!
A alma se faz no recomeço de linhas pontilhadas como reticências de passos corridos na direção do encontro e não podem o ocaso e o acaso definirem o desencontro das nossas vidas!
...Sonhos dormidos e acordados no sopro do agouro!
Jogo de cena refeita para agradar os atores de uma peça sem vida, destoante da realidade que se me expressa nestes versos!
Jogo fora e não afora os meus incomensuráveis gritos de euforia!... Semântica de crise que não finda a impaciência de ver os meus dedos dedilhando uma triste narrativa de solidão!... Coisas do amor!
©Balsa Melo
18.11.09
Brasília - DF