Câncer

O planeta adoece

Na degradação da humanidade.

Em um enfermo estado.

Onde a natureza perece

Na mente que deteriora

A existência do divino...

Plantado na semente do mal

Que enraíza em seus neurônios.

De tão doente, o ar...

Agora é um gás tóxico

Saído de labirintos infernais.

O sol, doador de luz e energia...

Suga-nos a última gota de vida

Até secarem as esperanças.

A água, tão pura e cristalina

Doce fonte embriagante...

Virou o tonel das bacantes

Na asfixia do veneno que te domina.

Destilou tudo que era puro, o humano...

Para encontrar sua sombra.

Encontrou vestígios de suas sobras

No deserto causticante do seu coração.

E as boas lembranças...

Trazidas pela boca do vento.

São estórias transformadas

Em bizarros eventos sociais...

Onde o filho devora a mãe

Que o acalanta em seu ventre.

Tão pobres esses mortais... Parasitas bestiais

Sugaram a seiva da terra

E dela fizeram o deserto de suas paixões.

O planeta adoece

E a humanidade fenece!