Em cantos obscuros da alma sofrida Os encantos gritam no calar das horas E chora o silêncio, lágrimas incontidas Que se dissipam ao bailar do vento Canto a dor que julguei extinta Sou cantador do sofrimento Enquanto busco um simples motivo O que me mantem ainda vivo? E a resposta vem do infinito Do grito mudo das estrelas distantes Que brilhantes me trazem seu olhar Ah, o seu olhar esmeraldino Que me fez feliz feito menino Que corre contra o destino Enquanto escorre o tempo pelos dedos Feito areia fina da ampulheta quebrada Canto o amor que nunca foi meu No breu da noite calada, estrelada Em cantos do infinito do meu ser Busco uma centelha que vem de você Encontro os encantos das tuas palavras Meras escravas dos teus desejos Um dia sentirei os encantos dos teus beijos E cantarei o canto encantado Entrecortado pelos sussurros do amor...