DO OUTRO LADO DA PORTA
sonhos que se fecham, sonhos que nascem.
de cada lado da porta lagrimas que se identificam.
o gosto pela vontade se revela,
num brilho que obriga uma voz dizer, Oh!
a madeira da porta se mostra fragil,
pois é arranhada pelas unhas.
que dilaceram num impeto de desespero,
e do outro lado de volupia, de desejo.
os ouvidos colados a ela,
num lado demonstram curiosidade,
do outro, a espera de uma esperança.
o coração ofegante, cola na porta,
o halito fresco coberto de menta.
o olho magico revela uma sombra,
que se mistura na sombra do corredor.
no quarto que aguarda uma visita,
a mesa posta com duas taças,
toca uma musica que aconchega os cantos,
mostrando uma intimidade ja revelada.
do outro lado da porta,
o calice do veneno serve os labios,
que murmuram um nome,
que saboreia o sal,
que advem do fundo da alma,
que diz uma unica palavra: adeus.
Di Camargo, 13/11/2009