profecia de um menino
PROFECIA DE UM MENINO
Contemplando o silencio noturno
Em um lugar longe de tudo
Entre o nada e o fim do mundo
Aonde DEUS vem descansar...
Seis crianças de bobeira
E um pequeno taciturno
Ao pé de uma fogueira
A pensar sobre o futuro.
E o pequeno obscuro
Já se destacando do monte
Para o alto erguera a fronte
Fazendo a todos calar:
-um dia, serei eu neste céu a brilhar!
-e como pensas, criança, fazer o mundo te olhar?
Criança sim. Mas, só pela idade.
Cresça comigo e verá
Que trago do berço a genialidade!
Se cada um deve buscar a verdade
Para todos que sofrem
Buscarei a minha, e com ela a liberdade!
Se pensas que me perco
Almejando o absurdo
Tente mudar-me, amigo
Do contrario, mudarei o mundo.
-Mas, se a opressão provém da vaidade
-E esta não se perde,
-Como esta prisão cederá à liberdade?
Saiba, pois, não importa o que pensem
Partirei este universo em dois.
Serei contra o estado
Por isso serei lembrado!
E um dia, quando a multidão me clamar
Verão que foi assim, por vezes
Que nesta terra de silencio
Falou alguém... E foi por eles.
E no momento mais alto
Em meio à revolução
Como a palavra que traz força
Todos assim ouviram:
(...)
E as crianças que até então zombavam
Em pequeninas palavras não tinham fé
Noutro instante, mudados, Curiosos voltavam
Ao pequeno menino que falava de pé.
E então se enchera o peito
Lançara a fronte um trejeito
Intentando as palavras com jeito
Ao paroxismo solfejar...
E neste instante, surge ao longe
Como voz de anjo, ao pequeno chamar...
Rompendo assim o momento:
---Karl Marx, meu filho!
È hora do jantar!